Ah se eu fosse uma abelha, poderia produzir uma substância tão importante à saúde humana e trabalhar numa comunidade feliz e organizada, onde não houvessem corrupção e discórdia!
Ah se eu fosse uma borboleta, toda colorida e delicada, passaria por uma metamorfose incrível e renasceria forte e feliz para começar tudo de novo!
Ah se eu fosse um gato e pudesse ser perspicaz e sorrateiro com suas sete vidas cada uma delas dedicaria a um setor da vida!
Ah se eu fosse um palhaço, com o rosto pintado, faria sorrir todos os inválidos, oprimidos e desamparados.
Ah se eu fosse a própria luz, poderia infiltrar-me nos olhos mais cerrados e iluminar novos caminhos, novas esperanças!
Ah se eu fosse um pedacinho da terra, eu sentiria em cada centímetro o sol, rachando-me e infiltrando seus raios solares, a chuva molhando-me, a vegetação sugando minhas substâncias. Iria adorar porque saberia que tudo o que sou ajuda-la-ia a sobreviver.
Ah se eu fosse o vento, sopraria para longe todas as impurezas todos os males e toda a traição que nos rodeia!
Ah se eu fosse a vida, não iria encurta-la ou alonga-la, mas a sentiria a cada momento, a cada instânte, pois sei que tudo tem a sua hora de acabar, e por isso morreria feliz, pois teria a certeza de que levaria um pouco de tudo que há de bom e válido aqui.
Ah se eu pudesse viver, viveria para ajudar as abelhas, tão indefesas quanto nós, viveria para as borboletas, para a lagarta, porque no fim as duas se confrontam pelo ato da metamorfose e no final quem vence é a delicadeza e a beleza da mais forte. Viveria para os gatos com seus pelos acariciaria tudo e a todos, e com inteligência e fôlego, conduziria o mundo para a vida melhor. Viveria para os palhaços que com suas cores e fantasia, oficializam a felicidade no código da vida.
Viveria para as luzes e numa combinação de cores, caminharia para o sentido certo e seguro. Viveria para a terra e a usaria da melhor maneira possível para produzir mais e mais. Viveria para o vento, para as pequenas coisas da vida, porque por elas, só por causa delas, valeria a pena VIVER!
Texto escrito dia 31.05.94 na cidade de Campo Mourão-Pr.
Por Neide Barilli. (minha Madrinha :] )
Oi gente!!!
Então hoje foi dia de arrumação no meu quarto... e eis que no meio das minhas coisas, encontrei um caderno que estava guardado já fazia um tempo!
Quem o escreveu foi minha tia madrinha que naquela época morava em Campo Mourão-Pr, hoje ela mora em Roma na Itália.
Passou o caderno pra minha prima, e depois de um bom tempo ela acabou dando-o pra mim... e tenho até hoje, do jeito que ela me deu ficou... sempre li os textos.. e hoje na hora que o encontrei pensei... hummm vou posta-los no Blog!
Então decidi que vou colocar um por semana...
Espero que gostem....
Beijos da Thai!
